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O Fantasma da Máquina
CaixaCulturalRio 2012

Histórico

Esse trabalho surgiu (assim como o “Entre Amigos e Amores” e como “Luana Muniz, a rainha da Lapa”), de dentro de outros trabalhos. O “Entre Amigos” surgiu do repertório de imagens que eu fiz sobre estilo de vida e comportamento e territórios pra AK Magazine e pra imprensa gay brasileira. E a “Rainha da Lapa” surgiu do ensaio que eu fui fazer sobre a Turma OK, primeiro clube gay do Rio, na Lapa, para o “Entre Amigos e Amores”, lá eu comecei a fotografar Luana, que iria se apresentar num dos tradicionais shows de dublagens que apresentavam naquele nightclub. Este novo trabalho surgiu desses ensaios, onde numa foto ou outra, apareciam os ônibus que cruzavam o fundo das cenas noturnas, completamente distorcidos e transformados em aparições fantasmagóricas, esquisitas, que eram um ruído dentro da cena(1). Aquelas imagens dentro da foto “me chamaram”, me intrigaram, inicialmente por uma questão estética: pelas luzes, cores e movimento que incorporavam á cena. Uma cena real, atravessada por uma coisa estranha e distorcida. E nem sempre dava pra distinguir que se tratava de um ônibus captado pela velocidade baixa da câmera. Então decidi ir atrás daquelas imagens, investigá-las, descobrir porque chamavam a minha atenção e me intrigavam/instigavam tanto.

Mas demorei muito para começar a fazer os ensaios, porque havia duas questões práticas a serem resolvidas; 1-a segurança para eu fotografar em paz de noite numa cidade pré-upps onde a violência explodia diariamente, especialmente depois da invasão do Rio pelo crack. Precisaria de ter um segurança armado para proteger a mim e ao equipamento, e isso sai caro. 2- não sabia qual seria o lugar apropriado para fotografar. Pensei inicialmente na confluência do Bar das Quengas na Lapa, porque lá eu captei sem querer uma imagem interessante e achei que poderia fazer outras. Além disso, lá era um cruzamento e o movimento dos ônibus em curva trazia aquele efeito de luzes e cores. Mas aquele lugar se tornou muito agitado, badalado, e por ser um bar meio gls, porém aberto, uma parte das mesas nas calçadas, e uma câmera fotográfica tirando fotos pelas redondezas iria incomodar as pessoas do bar e me trazer problemas. Então não tinha a menor idéia de onde tentaria captar essas imagens e fiquei quase dois anos num lenga-lenga, todos os dias dizia que iria começar o trabalho, mas nunca começava.

Nessa época começou uma guerra entre a polícia e traficantes do Rio que culminou com um incêndio criminoso e proposital de dezenas de ônibus, coisa que dali a alguns meses iria deflagrar a ocupação dos morros. Mas naquele momento as pessoas estavam apavoradas, e as empresas de ônibus retiraram a maior parte dos veículos que circulava de noite pela cidade. Não tinha menor idéia de qual seria o desfecho dessa história, mas senti que se continuasse prorrogando o início desse ensaio, a possibilidade de efetuá-lo poderia ser muito menor e as dificuldades muito maiores.

Eis que, um dia eu voltando de Copacabana, e indo tomar o ônibus em frente á galeria Alasca, passei na frente da delegacia e vi que eles haviam feito um buraco na parede. Tinham vazado a parede da frente da delegacia e posto ali um vidro, de maneira que, a assistente social que recebia as pessoas, podia ver lá de dentro o que estava acontecendo do lado de fora. A delegacia estava situada bem ao lado de uma imensa curva, um grande cruzamento, lugar onde confluíam ônibus de todos os lugares para Copacabana. Eu sabia que ia necessitar de uma boa curva pra fotografar os ônibus em movimento e criar aquele efeito ´esticado” das imagens que aparecera sem querer nas minhas fotos. Então estava tudo ali: a curva, os inúmeros ônibus que circulavam pelo local, uma delegacia cheia de carros de policiais civis e de PMS que _a principio_ poderiam me proteger, ou pelo menos ser um local onde marginais não iriam se sentir muito á vontade em me abordar.

Na mesma hora entrei na delegacia, e expliquei pra assistente social que eu era uma artista, e queria fazer um trabalho fotográfico experimental etc. E ela entendeu tranquilamente, achou a coisa mais natural do mundo! Ela disse que sim, eles poderiam dar uma retaguarda sim, e que eu poderia ficar parado na frente da delegacia fazendo fotos, desde que não fosse da delegacia, mas eu expliquei que ficaria de costas pra delegacia fotografando a rua. Então não tinha problema, ela disse que poderia ficar de olho em mim pelo vazado da parede, e avisar os policiais se houvesse algum perigo, pra eles me defenderem. Eram umas 18hs e só pediu pra eu vir bem mais tarde, quando tivesse menos movimento. Não acreditei, fiquei totalmente eufórico, meus problemas estavam todos resolvidos dum golpe só. Uma coisa que não me recordo de ter pensado em nenhum momento, era o que havia no fundo da cena: um cruzamento célebre onde fica a galeria Alasca, e depois foi erguido o Hotel Portinari.

Horas depois, lá pras onze e meia da noite, quando eu entrei na delegacia com a mochila e o tripé nas costas, que dentro da capa parecia uma arma, os policiais se assustaram, acho que também entrei com tudo, pisando firme. Mas a assistente social me recebeu super feliz e me apresentou pra eles, e explicou vagamente o que iria fazer. Acharam aquela história muito estranha, franziram um pouco o cenho, mas como eu fui apresentado pela assistente social, engoliram. E eu dei as costas, fui pra frente da delegacia montei o tripé e comecei a fotografar. Então apareceu um policial que foi meu embaixador, ele é fotografo amador, já deve ter visto revistas, exposições e livros sobre foto e foi bater um papo comigo de uma maneira muito amigável, sobre o que eu estava fazendo.

Nessas horas eu agradeço ao digital em que a foto é imediatamente visualizada. Já havia feito algumas imagens distorcidas e mostrei pra ele no visor da câmera, era o resultado daquilo que estava iniciando e que nem tinha a menor noção do que iria se tornar, mas imaginava que seriam quase abstrações. Como eu fotografo há anos na noite, já sabia qual seria mais ou menos a técnica que iria usar, preparei os setup da câmera, fiz os ajustes pra poder captar a luz e já saí fazendo as fotos certas. E então mostrei para o policial-fotógrafo o resultado das primeiras fotos. Ele achou ótimo, chamou os colegas, mostrou o tipo de imagem que estava fazendo, eles acharam bonito, bacana e pronto: dali em diante eu era o artista, uma pessoa meio esquisita ( mas os artistas são sempre esquisitos) mas de bem, se convenceram de que não tinha nenhuma má intenção, o tipo de foto que eu iria fazer não causaria nenhum mal ou problema, e eles iriam ser meus amigos e meus protetores. E assim foi literalmente. Jamais esquecerei desse momento. De repente tudo se encaixava perfeitamente, e isso me deu uma energia forte, porque senti que estava no caminho certo.

Referências: Hopper, Collares, Surrealistas.

Na verdade nesse trabalho eu investiguei algo que aparecia nas minhas fotos noturnas sempre ao fundo, que era um ruído, um objeto estranho, mas que me intrigava e fascinava. É claro que estou cansado de saber que fotos noturnas de carros passando, quando a câmera está em baixa velocidade dão aquele efeito. Mas aquelas imagens tinham um significado especial pro meu próprio inconsciente que eu desconhecia, além disso, aqueles borrões, que numa linguagem de vídeo são chamados de “fantasmas”, se configuravam e se apresentavam de diversas maneiras, umas mais comuns e outras menos comuns: algumas de uma maneira esticada, o ônibus com o dobro de janelas e de comprimento, outras de uma maneira transparente, criando duas camadas na imagem, uma com o que estava no ônibus e outra da cena que havia atrás, e as achei interessantes do ponto de vista estético. Então saí experimentando, e dessa vez ao invés dessas figuras serem um detalhe ao fundo, queria que fossem o centro e objeto da foto.

Por causa disso, logo que fiz meu primeiro ensaio e abri as fotos no computador pra tratá-las, sem sequer pensar, meu impulso imediato foi selecionar os elementos que queria e pintar os outros de preto com o paint brush excluindo–os da composição. E o resultado disso também me pareceu imediatamente satisfatório, era exatamente aquilo que eu queria. Achei logo de cara o caminho pelo qual haveria de trilhar e experimentar. Acho que isso aconteceu imediatamente porque fiquei quase dois anos remoendo na minha mente o desejo, as possibilidades e os resultados que poderiam sair daquelas fotos. Aquilo estava maduro, apesar de inconsciente, dentro de mim.

Depois eu pensei porque tinha agido daquela maneira: cobrir uma parte da cena de negro ou carimbar o asfalto vermelho na parte da imagem que eu queria excluir da cena, e cheguei a conclusão que meu desejo foi “tirar a capa do real” que prendia aquelas aparições, aqueles espectros, ao quotidiano, e deixar só a fantasmagoria. Eu tirei fora tudo que me remetia ao real, e deixei que o estranho, o surreal, o poético, o onírico, para que a metáfora visual, se revelasse.

Fiz vários ensaios e a cada ensaio eu experimentava novas formas de captação da imagem: mudando a lente da câmera de grande angular para zoom, mudando a velocidade pra mais ou menos baixa, usando ou tirando o flash, mudando a altura da câmera. Quanto ao ângulo: mudei pouquíssimo, variando muito sutilmente o ângulo e o enquadramento das tomadas. Não senti nem vontade nem necessidade, porque o mesmo cenário se transfigurava, e se recriava devido: á luz, á presença ou não de pessoas que iam e vinham e paravam e se aglutinavam, dialogando com a maneira como eu captava a velocidade dos ônibus, com a cor do ônibus e o que este carregava dentro: se estava vazio ou cheio, se as pessoas apareciam ou não dependendo da velocidade de captação e do uso do flash. Então queria que fosse aquele mesmo lugar recriado, revelado, transformado.

Haviam também mais outras razões, que agora vejo claramente, para não ter mudado de lugar: aquele quadrilátero é um resumo da noite carioca, que traz marcas do que aconteceu outrora e passou, e das coisas que acontecem agora. Aquele local durante décadas teve e ainda tem estabelecimentos que abrem 24 horas e é símbolo da vida noturna, dos notívagos e das atividades noturnas, seja do submundo, seja dos serviços que se prestam á noite, é um lugar que aglutina coisas muito diversas e opostas: restaurantes, hotéis, delegacia, igrejas, bares, prostibulos, trafico de drogas, residências familiares, está localizado perto da av Atlântica e ao mesmo tempo próximo de uma favela etc. E fica num cruzamento que é como uma encruzilhada entre os bairros “bacanas” da zona sul, como Ipanema e Leblon, e Copacabana, que é um bairro popular/classe média e se torna um caminho para o centro, zona norte e baixada fluminense. O sentido do transito que fotografei inclusive era exatamente desses bairros nobres em direção ao subúrbio e centro da cidade, passando ali por Copacabana.

Uma outra razão para fotografar apenas aquele lugar, é que sempre admirei os pintores que tinham uma temática para representar, e pegavam aquele motivo e o desdobravam recriavam de inúmeras maneiras, revirando-o pelo avesso. Sempre tive o desejo de fazer aquilo na fotografia. Essa foi minha maneira de tentar fazer o mesmo, não queria fazer outras fotos de outros lugares, queria retratar aquele lugar de múltiplas maneiras. Depois de alguns sets cheguei a tentar fotografar outros lugares, (pra me certificar de que aquilo era realmente o que eu queria), mas não aconteceu, na hora não me empolguei, nem gostei dos resultados que obtive. Então voltei pra lá e apenas mudei de ângulo, fui pra o lado oposto do lugar onde fotografava, na porta do Hotel Portinari, e dali eu fotografei a esquina onde antes estivera parado fotografando e o resultado me pareceu igualmente interessante.

Aquele cruzamento é um belo exemplo das transformações rápidas que o tempo faz, porque é emblemático da boemia e vida noturna carioca, dos sêres da noite, frequentado pelo notívagos. A galeria Alasca tema tradição de abrigar estabelecimentos que ficam abertos 24hs, é um local-simbolo do vazio e da solidão carioca.

Solidão á moda carioca, onde os lugares aglutinam as pessoas, mas elas se encontram apenas ali, as relações apesar de efusivas são voláteis, frívolas e superficiais. Não se prolongam para além daquele espaço, não tem consistência. Copacabana é o bairro super povoado de solitários. A solidão por causa da idade num bairro violento, que deixa as pessoas enclausuradas. Mas também para a baixa classe média a solidão é um privilégio, pois antes de emergir viviam amontoados em cortiços e favelas. Então é uma solidão com privacidade e símbolo de ascensão social terceiro mundista.

Musica das imagens

Esse ensaio tem um fundo musical. Musicas apareciam na minha cabeça quando eu tratava as imagens no meu computador. Depois quando mostrei algumas imagens para amigos íntimos eles disseram que as imagens sugeriam musicas. Desejo expor essas imagens com musica, quero gravar eu mesmo cantando essas musicas e colocar como trilha sonora da exposição.


Sobre o conteúdo das imagens

Não tinha a mínima noção do que sairia como resultado daqueles ensaios, nem mesmo do que eu estava buscando, eu tateava no escuro. E a primeira coisa que me veio á mente, quando também sem saber porquê, eu selecionei e excluí pintando de preto uma parte da composição, foi Hopper. Aquela imensa frieza e solidão das obras dele. Mas ao contrário dele, nessas fotos a velocidade, o tempo que se esvai, a mutação da paisagem, a fantasmagoria e o supra-real estão presentes. Também me lembrei do Collares, mas o trabalho dele é puramente estético, apenas trabalha formas e cores. Descobri nas imagens deste ensaio fotográfico a projeção de muitas coisas que trago dentro de mim e que sinto, sobre o que é viver nesta cidade e sobre esta época de grandes transformações que vivemos.

Esse trabalho é uma metáfora sobre a solidão à moda carioca, onde as pessoas freqüentam os lugares, e tem a ilusão de que não estão sozinhas ali. No Rio tudo gira em torno dos espaços de onde frequentamos, mas as relações muito eventuais começam e terminam ali, não se prolongam pra além daqueles locais e são superficiais. Inclusive existe o comentário sobre um fato real que virou anedota: a pessoa te diz “vai lá em casa” e não te dá o endereço, ou então “me ligue” e não te dá o telefone.No dia que essas pessoas ficarem em casa por desejo ou por necessidade_ talvez por isso as luzes das janelas acesas_ estarão sozinhos e aquele mundo todo que circula ali em baixo continuará em movimento, sem que ninguém sinta falta de ninguém.

Mas os espectros ficam, o passado teima em permanecer e se misturar ao presente. Aquele lugar que já foi freqüentado nos anos 70 pelo supra-sumo da vanguarda e do underground, que abrigava um publico que tinha um modo muito diferente e alternativo de vida, girando em torno da Galeria Alasca (e seu imenso prédio de apartamentos) que abrigava: a boate Sótão, que marcou época, e do teatro, que além de peças e musicais com um conteúdo geralmente gay. Hoje o teatro foi transformado em sede de uma igreja evangélica, com uma doutrina das mais conservadoras. Algo daquele mundo de outrora permanece ali, algumas daquelas pessoas ainda estão lá e trabalham ali.

Mas a realidade é outra, vivemos num outro contexto numa nova ordem, existem novas e outras pessoas, novas tecnologias, novas drogas, novo puritanismo, nova polícia, novas maneiras de se comunicar. E um novo mundo delivery, que traz todas as coisas até a porta da casa do consumidor, entrega de tudo nas mãos das pessoas sem que tenham que sair de casa. Abolindo inclusive esse estar fora de casa, criando um estilo de vida nerd, onde as pessoas estão enclausuradas, mas com a sensação de que se comunicam com o resto do mundo. O espaço público que é objeto deste ensaio, agora é um lugar mais selvagem e perigoso, menos freqüentado pelas novas gerações, enfim, existem coisas melhores e piores acontecendo.

Esse trabalho está falando sobre a aceleração. Sobre a velocidade das mudanças no mundo atual, e quanto mais se torna veloz, mais o presente se transforma em passado, produzindo um numero maior de lembranças de vários acontecimentos que se sucederam de uma maneira tão rápida, espremidos em um tempo que se tornou pequeno, e isso gera muito maior acumulo de memória.O passado se acumula vertiginosamente. E também de coisas que se tornam obsoletas ou que caíram em desuso. O cenário se transforma muito rapidamente deixando camadas de tempo, acontecimentos, etapas.

O ensaio fotográfico em si só foi possível graças á mudança para o formato da foto digital, que viabilizou o projeto economicamente, visto que não foi gasto dinheiro com filme, nem revelação, ampliação e se o resultado das imagens seguia ou não pelo caminho que eu estava querendo, eu sabia ali mesmo, vendo o resultado na hora no visor lcd. Isso sem falar que o equipamento digital é infinitamente mais sensível á luz, e capta melhor as cenas noturnas do que o analógico. E ainda a capacidade minha de intervir nas imagens, como fiz, de uma maneira digital, usando o computador e um programa, pois numa outra época, teria que recortar manualmente as imagens e colar um fundo preto atrás, ou selecionar e pintar de preto as coisas que desejava excluir da foto.


Quanto mais o tempo acelera os vários passados que se acumulam, e muda a paisagem, infinitamente maior é a solidão. E a sensação que se tem é de que esse movimento é desenfreado, impossível de se deter ou atenuar, e se direciona muito rapidamente pra um caminho que não sabemos qual é. O futuro é escuridão, o presente passa rápido demais, e o passado são inúmeras camadas de coisas que se amontoam que se acumulam, que passaram, não voltam e se tornaram obsoletas. A revolução tecnológica desencadeada nos ano 90 é como um novo big-bang que instaura uma nova ordem, transforma, destrói, acelera, cria e descarta coisas a cada minuto.

Classificações...

Não gosto de classificar ou de nomear esse trabalho como uma foto-montagem, porque não adiciono nenhum elemento novo á cena, nem altero qualquer um dos seus elementos originais. Apenas pinto de preto aquilo que não desejo e que faz parte da composição. Se soubesse pintar, recortaria e pintaria de preto, mas isso me impediria de fazer uma impressão em série dessa foto, sem ter que novamente recortar e pintar o fundo de preto. Então fiz essa intervenção no arquivo digital. Também não gostaria de chamá-las fotos “manipuladas digitalmente”, mesmo porque todas as fotos digitais tem que ser tratadas depois de descarregadas da câmera, e isso já é uma manipulação. Em segundo lugar, porque geralmente se usa esse termo para fotos que foram muito modificadas. Ali não usei nenhuma camada (layer), nem grandes efeitos de fotoshop, apenas tratei normalmente a cor da imagens como faço usualmente, e em alguns pontos em que recortei, pra não ficar um recorte tosco, deixei um esfumaçado entre o recorte e o resto da imagem, que fiz com o brush, que acentua o efeito etéreo e de camadas que a imagem já tem naturalmente. Fazendo isso eu tento dar um acabamento nas bordas dos recortes. Não recriei nada, apenas trouxe á tona, revelei coisas, retirando, cobrindo com um véu, outros elementos da cena. Chamo isso que fiz de “ação sobre foto”.


(1). No lugar de “aparições fantasmagórias” apenas “como fantasmas da cidade” ja daria a chave do projeto.
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